DECRETO N° 12 721, de 21 de outubro de 2020
(Fixa diretrizes mínimas para execução do Pré-Plano Urbanístico de Loteamento “Residencial Jardim Vitória” de propriedade INCORP EMPREENDIMENTOS
IMOBILIÁRIOS VOTUPORANGA LTDA)
JOÃO EDUARDO DADO LEITE DE CARVALHO, Prefeito do Município de Votuporanga, Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,
DECRETA:
Art. 1º O Decreto Municipal n°9992, de 19 de outubro de 2017, que fixa as diretrizes mínimas para a para execução do Pré-Plano Urbanístico de Loteamento “Residencial Jardim Vitória” de propriedade INCORP EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS VOTUPORANGA LTDA., fica revigorado por este Decreto com a seguinte redação:
“Art. 1º Ficam fixadas as diretrizes mínimas exigidas para a aprovação por parte desta Municipalidade, dos projetos de implantação de 1 (um) loteamento com 72.21 l,07m2 (setenta e dois mil, duzentos e onze metros e sete centímetros quadrados) conforme levantamento cadastral, área esta de propriedade de INCORP EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS VOTUPORANGA LTDA., CNPJ n°08.935.609/0001-64, com sede à Avenida José Marão Filho n°4.346, no Loteamento Parque dos Estados, nesta cidade; , localizada no perímetro urbano, na fazenda “Marinheiro de Cima”, Cadastro Municipal NE.13.01.15.01, matriculada no Serviço de Registro de Imóveis local sob o n°42.321, neste distrito, Munícipio e Comarca de Votuporanga e deverá atender as exigências que são as constantes dos parágrafos seguintes:
§1° A gleba ainda encontra-se cadastrada no 1NCRA, após a devida baixa da inscrição rural deverá ser retificada no plano topográfico local, ato este que também deverá atualizar a denominação e descrição das confrontações com suas respectivas matrículas atualizadas, para que se proceda ao devido cadastramento pela Prefeitura Municipal na forma da Lei.
§2° O empreendimento Residencial Jardim Vitória, reger-se-á pelas normas ordenadoras e disciplinadoras das Leis, Decretos Municipais e suas alterações: Lei Municipal n°2.830 de 10 de janeiro de 1.996, Lei Municipal n°3.853 de 29 de junho de 2.005, Lei Complementar 106 de 8 de novembro de 2.007, Lei 5.596 de 07 de maio de 2.015, Lei n°5.751 de março de 2.016, Lei Municipal 3.853 de 29 de junho de 2.005 e a Lei Complementar n°381 de 15 de fevereiro de 2018, Decreto Municipal n°11.012 de 25 de janeiro de 2.019.
§3° O Loteamento Residencial Jardim Vitória pertence à ZEIS 2 - Zona Especial de Interesse Social conforme a Lei Complementar n°381 de 15 de fevereiro de 2018.
§4°São parâmetros urbanísticos para a “Zona de Interesse Social”:
I - CA (Coeficiente de Aproveitamento) = 3;
II - CAM (Coeficiente de Aproveitamento Máximo) = 3;
III - - TO (Taxa de Ocupação para Uso Residencial) = 80%(oitenta por cento);
IV - TO (Taxa de Ocupação para uso Não Residencial) - 80% (oitenta por cento);
V -TO (Taxa de Ocupação para uso Não Residencial) = 80% (oitenta por cento);
VI - Tamanho Mínimo de Lote = 180,00m2 (cento e oitenta metros quadrados);
VI - Tamanho Mínimo para desdobro de lotes I80,00m2 (cento e oitenta metros quadrados).
§5° Deverão ser ocupados como lotes comerciais de, no mínimo, 250,00 m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados) ao longo do prolongamento da Avenida Professor Benhur Aparecido de Paiva.
§6° A aprovação de projetos e expedição de alvarás de licença para edificações e ocupações, ainda que provisórias, somente ocorrerão após o cumprimento pelo proprietário do empreendimento da seguinte infraestrutura: distribuição de água potável, rede coletora de esgotos sanitários, rede de drenagem pluvial, rede de distribuição de energia elétrica, iluminação pública, guias, sarjetas, pavimentação asfáltica, passeios públicos, urbanístico ambiental e sinalização viária.
§7° Somente após a conclusão da infraestrutura urbana e consequente emissão do Termo de Verificação da Conclusão de Obras de Infraestrutura e Liberação Total da Caução, que o imóvel dado como garantia das obras será completamente liberado.
§8° Os lotes deverão ter frente mínima de 9,00m (nove metros) e 10,50m (dez metros e cinquenta centímetros) naqueles de esquina;
§9° As calçadas deverão ter, no mínimo, 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) de largura nas vias coletoras e locais e 3,00m (três metros) nas vias arteriais. Todas as quadras deverão ter rampa de acessibilidade ao final da curva das esquinas;
§10- O sistema viário principal será composto por, no mínimo, uma via arterial a ser criada a partir da Avenida Professor Benhur Aparecido de Paiva, com largura mínima de 30,00 (trinta) metros; uma via arterial construída de uma das laterais da Avenida Pedro Sanches, com largura mínima de 12,00 (doze) metros; uma via local a ser criada a partir da projeção do prolongamento da Rua Elvio Morialli, as restantes serão vias locais de, no mínimo, 00 (treze) metros de largura:
§11- Os raios de curvatura das esquinas serão de 7,00m (sete metros), no mínimo, nas vias arteriais e de 5,00m (cinco metros) nas vias coletoras e locais. Em situações especiais de desenvolvimento de tráfego pesado as curvaturas poderão ser maiores conforme exigível em cada caso;
§12- As áreas públicas deverão ser localizadas de forma a atender a sua mais equilibrada distribuição pelo loteamento de forma coerente e centralizada e:
a) a área institucional (equipamentos urbanos e comunitários) deverá ser de, no mínimo, 5% (cinco por cento) do total da área da gleba. Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e similares e urbanos os equipamentos públicos de abastecimento de água, serviços de esgotos, energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado, conforme estabelecido pela Lei Federal n°6766/1979;
b) os espaços livres de uso público (áreas verdes e sistemas de lazer) deverão ter, no mínimo, 20% (vinte por cento) da área total do empreendimento, mantendo as características naturais de permeabilidade, podendo ser computada como área permeável o sistema de lazer, desde que seja garantida sua não impermeabilização;
c) em glebas de qualquer dimensão será obrigatória a destinação de, no mínimo, 5% (cinco por cento) do seu total para Sistema de Lazer;
d) os espaços livres de uso público deverão preferencialmente estar dispostos de forma a minimizar os impactos provenientes das atividades urbanas sobre a vizinhança rural promovendo as melhores condições ambientais a serem demonstradas na apresentação do Estudo de Impacto de Vizinhança;
e) se a área de ruas somadas às áreas verdes e institucionais não atingir 35% (trinta e cinco por cento) da área total do loteamento, a diferença deverá ser acrescida às áreas institucionais.
§13- Os projetos deverão atender às normas de apresentação e encaminhamentos definidas nas Leis, Decretos Municipais e suas alterações: Lei Municipal n°2.830 de 10 de janeiro de 1.996, Lei Complementar 106 de 8 de novembro de 2.007, Lei Municipal n°3.853, de 29 de junho de 2.005, Lei 5.596 de 07 de maio de 2.015, Lei nº5.751 de março de 2.016, Decreto Municipal n°11.012, de 25 de janeiro de 2.019; tendo como responsáveis profissionais regularmente inscritos no município e com atribuições específicas para cada campo de conhecimento envolvido, conforme regulamentação do CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) e CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) e apresentar :
a) as numerações dos lotes e das quadras, de acordo com as numerações previamente fornecidas pela Prefeitura Municipal;
b) todas as peças que o compõem em papel sulfite original, dobrado no tamanho A4, pastas separadas para cada órgão e em meio digital;
c) planta de localização e hierarquia viária;
d) projeto urbanístico completo contendo: memorial descritivo e justificativo do empreendimento, conforme modelo apresentado ao GRAPROHAB, levantamento planialtimétrico georreferenciado no plano topográfico municipal, parcelamento do solo, planta de uso do solo, planta de armamento e memorial descritivo de cada lote, na forma de tabela para os lotes regulares e de roteiro para os lotes irregulares;
e) projeto de drenagem pluvial, memorial de cálculo e planilha orçamentária, conforme diretrizes expedidas pela Secretaria Municipal competente, protocolada sob o n°12.690/2.017;
f) projeto de arborização dos sistemas de lazer e dos passeios públicos, laudo de caracterização da vegetação, projeto de revegetação e restauração das áreas verdes, relatório fotográfico da área e planta urbanística ambiental conforme especificados no Manual do GRAPROHAB;
g) projeto de pavimentação asfáltica, guias, sarjetas e passeios públicos contendo planta, memorial descritivo e planilha orçamentária conforme exigências da Prefeitura do Município de Votuporanga. Ficam adotadas as especificações técnicas de materiais para serem utilizados na pavimentação asfáltica: CAPA DE CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente): Aplicação em todas as vias pavimentadas com espessura de 3cm (três centímetros); BASE DE SOLO BRITA (60% de Brita): Aplicação nas vias arteriais e coletoras, com espessura de 15cm (quinze centímetros); BASE DE SOLO FINO (30% de Brita): Aplicação nas demais vias, com espessura de 15cm (quinze centímetros);
h) projeto de sinalização viária vertical e horizontal contendo planta, memorial descritivo e planilha orçamentária, aprovados pela Prefeitura do Município de Votuporanga;
i) projeto de rede elétrica e iluminação pública aprovados pela concessionária local responsável, com a utilização de lâmpadas LED;
j) projetos de rede de distribuição de água potável conforme diretrizes específicas e aprovação da SAEV Ambiental (concessionária local);
k) projetos de prevenção e combate a incêndios;
l) projeto de rede coletora de esgotos, contemplando a sua interligação à rede pública existente, conforme diretrizes específicas e aprovação da SAEV Ambiental (concessionária local);
m) projeto de rede telefônica;
n) estudo de Impacto de Vizinhança aprovado conforme Lei Municipal n°5.596, de 07 de maio de 2.015;
§14- Deverão ser entregues seis pastas contendo todos os projetos, e demais tentos impressos em papel sulfite e também em meio digital;
§15- Além dos projetos técnicos exigidos, o Plano Urbanístico para ser aprovado em caráter definitivo, deverá satisfazer as exigências dos órgãos estaduais e federais competentes apresentando-se a Prefeitura do Município de Votuporanga, as certificações necessárias;
§16- Após a aprovação definitiva dos projetos, o proprietário deverá executar as suas expensas e nos prazos fixados pela Prefeitura no mínimo os seguintes melhoramentos:
I - instalações de marcos de concreto de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos e pontos de tangência das vias projetadas e das quadras, locação de todos os terrenos com marcos de madeira (frente e fundo);
II - abertura das vias públicas e das áreas públicas;
III- rede de distribuição de água potável, da rede coletora de esgoto sanitário, inclusive ligações domiciliares e as ligações dos troncos do esgoto da rede interna do loteamento, contemplando a sua interligação à rede pública existente, de acordo com as exigências constantes do parecer da SAEV;
IV- galerias de água pluviais com as respectivas bocas de lobo e demais complementos necessários em cada caso;
V - rede de energia elétrica com iluminação pública de acordo com o projeto e memorial descritivo aprovados pela concessionária local, que deverão ser apresentados a Prefeitura do Município de Votuporanga, juntamente com o plano definitivo, inclusive ao longo das áreas públicas resenhadas;
VI - hidrantes em locais a serem definidos pela SAEV, com apresentação de projeto aprovado pelo Corpo de Bombeiros, de acordo com a Lei Municipal n°2.049, de 20 de dezembro de 1.985 (instalação de hidrantes);
VII - pavimentação asfáltica, guias e sarjetas e passeio público, de acordo com projeto aprovado pela Secretaria Municipal competente, inclusive ao longo das áreas públicas reservadas;
VIII- arborização das áreas verdes e de todas as vias do loteamento de acordo com padrões e normas fixadas pela Prefeitura e projeto aprovado;
IX- sinalização viária vertical e horizontal de acordo com os padrões, normas fixadas e projeto aprovado pela Prefeitura Municipal;
X - proteção do solo superficial;
XI- rede telefônica de acordo com o padrão da concessionária local e projeto aprovado pela mesma;
XII- terraplanagem para compensação e muro de arrimo para os lotes com declividade longitudinal superior a 10% (dez por cento).
Art. 2° O prazo máximo para execução das obras de infraestrutura será de 2 (dois) os/contados da data de aprovação do plano definitivo, de acordo com a Lei Municipal 2.830, 10 de janeiro 1.996, devendo o interessado apresentar juntamente com os documentos exigidos o cronograma físico financeiro e orçamentos das obras;
Art. 3º Na forma da Lei, o proprietário do empreendimento deverá oferecer bens imóveis ou carta de fiança bancária, representando 130% (cento e trinta por cento) do
orçamento da infraestrutura, para garantir o custo total da execução de todas as obras e demais exigências para a implantação do loteamento, conforme Lei Municipal 2.830, de 10 de janeiro 1.996, alterada pela lei Municipal n° 5.495, de 17 de setembro de 2.014.
Art.4°Este Decreto terá validade de 12 (doze) meses após sua publicação.
Art.5° Outras disposições especiais que se fizerem necessárias serão determinadas por Decreto no ato da aprovação definitiva do Plano Urbanístico de que trata este Decreto. ” (NR)
Art. 6º Fica revogado o Decreto n°9.992, de 19 de outubro de 2017.
Art. 7º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
João Eduardo Dado Leite de Carvalho
Prefeito Municipal
César Fernando Camargo
Secretário Municipal de Governo
Tássia Gélio Coleta Nossa
Respondendo pelo Expediente da Secretaria Municipal de Planejamento
Publicado e registrado na Divisão de Expediente Administrativo e Legislativo da Secretaria Municipal de Governo, data supra
Natália Amanda Polizeli Rodrigues
Chefe da Divisão
Paço Municipal “Dr. Tancredo de, Almeida Neves”, 21 de outubro de 2020.
* Nota: O conteúdo disponibilizado é meramente informativo não substituindo o original publicado em Diário Oficial.